terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saudades

Não sei o porquê, mas eu sempre tive dificuldade de falar que amo algumas das pessoas que mais amo. Não me refiro a amigos e namorados. Com eles, sei expressar bastante bem o meu carinho e não tenho medo de dizer “eu te amo” em voz alta.

Já quando se trata de pais e de irmãos, eu travo total. É difícil beijá-los e abraçá-los sem parecer forçado. Meu medo nesse caso é que eles nunca cheguem a saber o quanto eu os amo, principalmente, agora que estou tão longe!

A verdade é que é um sacrifício não estar com eles todos os domingos e os shoppings, que eu amava, já não têm a mesma graça. Aliás, muito da vida sem minha família perde o sentido. Fico mesmo perdida e sem vontade de sair de casa. O tempo passa mais devagar. Só aqui, longe, percebo o quanto os amo e o quanto é custoso deixá-los sempre que tenho que voltar para o trabalho.

Mais uma vez, só posso dizer que, ainda que não os viva abraçando e beijando e dizendo que os amo, eu realmente tenho muito amor no meu coração para vocês, família. O mundo sem vocês não teria a mesma cor! Um grande beijo a todos vocês!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bicicleta

Ontem vi uma daquelas videocassetadas de bicicleta e me lembrei das minhas peripécias com a bicicleta. A primeira lembrança que eu tenho remete à cidade de Tobias Barreto, em Sergipe. Foi onde ganhei minha primeira bicicleta. Ah! E era uma legítima Caloi! Tenho lembranças remotas de abrir a caixa e da emoção de ver meu pai montando.

Nessa época, ainda usava as rodinhas. Aliás, para tirar essas rodinhas foi um suplício. A esse tempo, eu já estava em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e todos os meu amigos já não usavam as benditas rodinhas. Eu é que não podia ser a “criança” da turma.

Então, resolvi que tinha que tirá-las! O problema foi que na hora H eu amarelei. Amarelei total, mas meu pai me forçou a aprender a andar de bicicleta. Aos trancos e barrancos, mas aprendi!

O tempo foi passando e aquela bicicleta já não serviria mais. Acabei abandonando essa companheira de aventuras por longos anos até que meu pai (novamente ele) comprou uma bicicleta para ele.

Era início de ano e você sabe como as pessoas ficam audaciosas nessa época. Decidi que voltaria a andar de bicicleta no calçadão da Praia do Futuro, agora já em Fortaleza. Assim, enquanto meu pai corria, lá ia eu andando de bicicleta.

Olha, no começo foi difícil, mas o pior de tudo é que depois piorou! Sério, eu era muito sem noção! Queria andar, mas não sabia frear (não é que tenho mesmo problema com carros?). Fora que queria pedalar em cima da areia fofa! Aí, não dava. Era queda na certa! E quedas monumentais! As manchas ainda ficaram por muito tempo no meu corpo.

Com tantos micos, resolvi dar um tempo nas minhas aventuras ciclísticas. Só voltei a andar de bicicleta anos depois já com o meu grande amor. Aliás, só o amor mesmo pra me fazer andar de bicicleta, porque esta não é mesmo a minha praia! Até que ele tentou me ensinar a andar civilizadamente de bicicleta, mas, coitado, também acabou desistindo após mais algumas quedas e vários quase atropelos.

Quem sabe quando voltarei a encontrar uma bicicleta novamente no meu caminho? Só sei de uma coisa: da próxima vez, vai ter que ter rodinhas!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sábado passado eu encontrei um funcionário do Geo Dunas, que eu acho q trabalhava como Office boy na época que eu gostava do Sávio, o eletricista. Ele tá trabalhando como cobrador do Borges de Melo. Ele era amigão meu e da Naiana, pq ele conhecia o Sávio. Comédia! Eu até comentei com o Romário que só faltava eu encontrar o seu Pinguim. Ah! O seu Pinguim era aquele porteiro meio gordo que ficava na frente do colégio todo empacotado, mesmo no maior calor do mundo! Ele parecia um pinguim por causa da roupa...

Pois é, aí qd foi quarta eu recebi um e-mail do Diego mostrando o Geo, visto de satélite. Foi massa, Diego! Eu botei como papel de parede no estágio... Todo mundo fica olhando! Quando terminou meu "expediente", fui pra casa de ônibus e, quando eu viro para procurar lugar, quem estava lá?

- Seu Pinguim, quanto tempo! Como vai o senhor? E aí ele me perguntou da minha irmã, que ele pensou q ainda era baixinha e contou que chegou a trabalhar no Master. Ele não me disse no que trabalhava agora, mas estava segurando um ventilador velho... Será que ele conserta? Pensei que podia mandar ele consertar algo lá de casa, mas não lembrei de nada quebrado! Ele tava tão diferente! Seu pinguim, não parecia mais pinguim... Tava tão desempacotado! Blusa branca aberta, suor na testa! Que estranho!

Ainda magnetizada pela felicidade de encontrar 2 funcionários do Geo em tão pouco tempo, me sentei e fiquei observando a conversa dele com outro homem:

- Vamos tomar uma cervejinha qualquer dia desses! Relembrar os velhos tempos!

Foi qd eu olhei para o lado e vi aquele face que me parecia familiar. Mas não, não podia ser encontrar 3 funcionários em 1 semana, sendo dois deles no mesmo ônibus!!! Fiquei na minha dúvida! Seu pinguim foi embora e se despediu de mim! Aí, seu colega se levantou e ficou olhando para mim, com a mesma impressão que eu...Eu perguntei:

- Você também trabalhou no Geo? Sim!!!! Meu Deus! E a probabilística? Onde ela fica? Dois funcionários do Geo no mesmo õnibus e eu lá! Pois é, mas eu não conseguia me lembrar quem ele era! Perguntei seu nome: JOACI. Caramba, o Joaci!!! Ele era auxiliar de coordenação, vulgo "bedel"! Não me lembro direito se ele foi nosso bedel, mas me lembro do seu nome e me lembro que ele era chato. Pelo menos, eu acho q me lembro q era! Estava tão diferente: cabelos brancos, olhar cansado, olhos azuis... Disse para seu Pinguim q trabalhava com redes. Queria ter um mostruário das cores e possibilidades de bordados em rede, mas isso era pra depois!

Bom, foi esse o meu dia de quarta. Até em casa fui anestesiada com a emoção de ter encontrado 3 funcionários do Geo num período tão curto.

Escrito em: 02/09/05